Cultivando transformação: Hortas hidropônicas nos presídios da Paraíba

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Hortas hidropônicas em unidades penais incentivam a disciplina através de ocupações produtivas, e também contribuem significativamente para o aumento do suprimento alimentar dentro dos presídios e em instituições sociais como escolas, creches e hospitais.

Em uma iniciativa inovadora, a Vara de Execução Penal (VEP) da Comarca de Sapé (PB) por meio da Gerência Executiva de Ressocialização, desenvolveram o projeto ‘Hortas para a Liberdade’. O trabalho tem o objetivo de proporcionar educação profissionalizante para pessoas privadas de liberdade, utilizando a técnica de cultivo de hortas hidropônicas.

O que é o Projeto ‘Hortas para a Liberdade’?

O projeto foi idealizado pela Direção do Presídio Regional e recebeu o apoio do Ministério Público.

A Justiça destinou recursos das prestações pecuniárias (uma pena na qual o condenado é obrigado a pagar uma quantia em dinheiro como forma de punição pelo crime cometido para implementar a iniciativa).

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Como funciona?

O coordenador e idealizador do programa, Lucas Brás, disse que a horta em formato vertical foi cuidadosamente planejada para otimizar o espaço disponível.

“Com apenas 30m², conseguimos cultivar até 800 plantas por mês, e já temos oito reeducandos estão sendo capacitados no sistema de cultivo hidropônico”, informou.

O que se cultiva nas hortas hidropônicas?

Entre as plantas cultivadas estão coentro, alface, cebolinha, rúcula, alho-poró, repolho, acelga, manjericão e alecrim. “Esses vegetais não só enriquecem a dieta dos reeducandos, também oferecem a eles a chance de aprender habilidades práticas e valiosas para seu retorno à sociedade”, destacou Brás.

Impacto no meio ambiente e na comunidade

Jonny Brilhante, Diretor do Presídio Regional de Sapé, ressaltou a importância ambiental do projeto.

“A hidroponia é uma técnica mais sustentável comparada à agricultura tradicional. Ela ajuda no processo de ressocialização, e o aprendizado do cultivo das hortaliças melhora a alimentação dentro do presídio”, afirmou.

Os excedentes da produção são doados para abrigos de idosos e instituições de caridade. Com isso, ampliam ainda mais o impacto positivo do projeto.

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