PROGRAMA DO SENAR PROMOVE A HIDROPONIA EM MINAS

A forma de desenvolver a atividade rural mudou para o casal Cira Maria Ferreira de Oliveira e Luís Carlos de Oliveira. Em 2015, ela participou do programa Negócio Certo Rural (NCR), oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MG), cujo objetivo é auxiliar os produtores a melhorar a gestão do negócio e implementar novas ideias. Cira trabalha com horticultura há cerca de 23 anos, em Reduto, Zona da Mata, em Minas Gerais, e vislumbrou a oportunidade de crescer por meio de uma nova forma de produção, agregando a Hidroponia ao empreendimento.

A produtora comenta que pensava em migrar parte da produção para o cultivo sem solo há algum tempo. “Com as dificuldades hídricas da região e produtos de baixa qualidade que o mercado vinha oferecendo, queria muito apresentar um produto novo com padrão de qualidade que agradasse a todos”, explica. Hoje, além de melhorar a organização e controle do negócio, ela diversificou a clientela e aumentou a produtividade com menos desperdício e melhor preço.

Organização – A partir do convite do Sindicato de Produtores Rurais de Manhuaçu, Cira iniciou o Negócio Certo Rural em março de 2015, e as orientações foram decisivas para modificar o modo de trabalho. “Antes havia falhas na organização e no controle financeiro, apesar de já termos essa preocupação. Mas isso mudou com o NCR, que é uma oportunidade de ampliar as vantagens e os lucros”, afirma a produtora. Para aprender a técnica do cultivo sem solo, além de participar do programa, Cira também já realizou outros cursos do Senar-MG com foco em Hidroponia.

Movido à força familiar, além da Cira, o empreendimento conta com o trabalho do marido e do filho Reinaldo Pereira da Silva. Na produção convencional são produzidos couve, mostarda, espinafre e almeirão. A alface, carro-chefe da família, e o agrião ganham destaque em duas estufas geminadas em uma área de 1 mil metros quadrados.

Da feira e dos mercadinhos, as hortaliças chegaram a mercados, restaurantes, lanchonetes e empresas que fornecem alimentação aos seus empregados. “A qualidade dos produtos hidropônicos foi responsável pelo aumento do número de clientes. As pessoas veem as folhas mais bonitas e acabam comprando. A gente vende mais do que quando cultivava apenas no solo”, destaca a produtora mineira.

Para o instrutor do NCR Claudeci Rigueira de Sousa, o programa ajudou a agricultora ao mostrar a necessidade de inovação do mercado e, principalmente, atender a demanda do consumidor. “Não adianta ter domínio da técnica e não saber administrar. Para ter uma visão real do negócio, a partir do momento em que os empresários rurais registram seus gastos, ideias e visualizam isso, a tomada de decisão fica mais fácil”, orienta Sousa.  

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