Os produtores de hortaliças de São Paulo estão investindo cada vez mais nas mini verduras hidropônicas. O mercado é garantido e os preços estão agradando a quem apostou nas variedades, que são vendidas para restaurantes e redes de supermercados.
O produtor Hélio Minoru Kanno é especialista na produção de mini hortaliças. Ele tem 16 mil metros quadrados de estufas no município de Piedade (SP), tudo cultivado no sistema de Hidroponia.
Hélio já experimentou todos os tipos de alfaces existentes no mercado, mas, no ano passado, decidiu diversificar novamente e começou a cultivar as mini verduras. “As tradicionais já têm um vasto campo em aberto e as mini estão começando agora, então o mercado não está saturado ainda”, diz.
O pé de mini alface lisa, apesar do tamanho menor, tem o volume de folhas maior que o da alface comum. Hoje, Hélio colhe oito mil pés ao mês, mas, até chegar nesta produção, precisou fazer algumas adaptações para testar a melhor variedade.
Em Porangaba, na região de Itapetininga, outro produtor também decidiu apostar nas alfaces pequenas. São seis mil metros de estufas de alface, as mini representam 5% da produção. “A maior diferença é que ela é um pouco menos exigente do que a tradicional, então acaba sendo vantajoso. Além disso, ela é mais precoce, então você tem uma produção maior”, diz Marcello Mazetto.
Hélio costuma vender a produção para restaurantes. Já Marcello fechou contrato com grandes redes de supermercados. Ambos estão satisfeitos com o preço que estão conseguindo pelas minis. “A alface convencional eu vendo por R$ 0,40 a unidade, enquanto a mini sai por até R$ 1,25 o pé. Ela tem um mercado diferenciado, que são as pessoas que pagam para terem um produto melhor na mesa”, explica Hélio.