OS MITOS SOBRE A HIDROPONIA

O cultivo hidropônico chegou ao Brasil há cerca de 40 anos e vem crescendo de forma significativa. A estimativa não oficial é de que a prática tem um incremento de aproximadamente 30% ao ano, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Norte. Essa expansão é explicada pela preocupação dos consumidores em buscar uma alimentação mais saudável, com o aumento da demanda por hortaliças frescas.

Mas o crescimento também ocorre devido as vantagens que ela traz aos produtores, como maior produtividade se comparado aos sistemas tradicionais, o que se deve a fatores como o aumento da proteção da cultura a fitopatógenos (quando aliado ao emprego do cultivo protegido), uso racional da água, podendo ser 80% mais econômico do que outros sistemas, diminuição no uso de insumos e possibilidade de plantio fora de época.

A Hidroponia, no entanto, ainda enfrenta rejeição de parte dos consumidores devido a mitos, como a contaminação por nitrato, uso excessivo de agrotóxicos, danos ao meio ambiente e falta de testes para comprovar supostos efeitos prejudiciais à saúde humana. Um dos maiores benefícios da técnica é justamente a diminuição no uso de agrotóxicos. Os especialistas são unânimes em afirmar que cultivar hortaliças em Hidroponia não significa, necessariamente, produzir sem o uso de agrotóxicos. Afinal, mesmo no cultivo sem solo, ocorrem doenças e ataques de insetos. Naturalmente que esse tipo de ocorrência é esporádico, pois as plantas, cultivadas em estufas agrícolas, são mais protegidas das adversidades do clima, dos patógenos e dos insetos, além de serem melhores nutridas durante o ciclo de produção.

No entanto, uma estufa mal planejada, um manejo inadequado das cortinas ou ainda uma solução nutritiva com problemas, pode favorecer o ataque de doenças, lembra o coordenador do Laboratório de Hidroponia (LabHidro) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Jorge Barcelos. E um ambiente quente, úmido e mal ventilado facilita o surgimento de moléstias, como podridão radicular e o míldio. E ainda tem o agravante de que na Hidroponia, uma vez estabelecida a doença, seu alastramento é rápido e fulminante, devido à maior proximidade entre as plantas e à facilidade de disseminação em todo o sistema, por meio da solução nutritiva.

O mesmo acontece quando se permite o ataque de insetos. “Uma vez que houve uma infestação, o produtor precisa adotar medidas rápidas de controle”, salienta Barcelos, que prefere usar chás e caldas a agrotóxicos para controlar as doenças nas duas estufas, onde cultiva folhosas como alface e rúcula e frutas como tomate e morango, além de árvores frutíferas.

Pesquisas e teste feitos em Universidades desmentem esses mitos.

Leia a matéria completa na edição 20.

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