A natureza sempre foi o bem mais precioso do ser humano, porém, não retribuímos com a preservação necessária. Hoje, colhemos problemas devido a essa falta de cuidado. Por outro lado, sempre existiram pessoas preocupadas e engajadas nas causas ambientais, focando seu trabalho em preservar o meio ambiente hoje para colher um futuro mais próspero.
Uma empresa que completa 30 anos em 2020 contemplando todas essas características é a Ninus Embalagens Plásticas, de Sapiranga, no Rio Grande do Sul. Há cinco anos, a Ninus resolveu dialogar com o público hidropônico, criando as embalagens cônicas. “Vimos que poucas indústrias estavam produzindo esse tipo de material e resolvemos investir nesse segmento. Com isso, atraímos o público da Hidroponia para os nossos produtos”, destacou Tobias D’Agostin, gerente comercial e financeiro da empresa. Essas embalagens também atendem o setor hortigranjeiro e o de produção de flores.
Com uma produção de 300 toneladas de plástico ao mês, D’Agostin comenta que 70% desse volume é proveniente de materiais recicláveis. Essa prática só é possível devido à economia circular. “Temos essa preocupação ambiental desde sempre, pois sabemos que o plástico pode se tornar algo nocivo à natureza. Nossos processos internos vão desde a aquisição de matéria prima com cooperativas, passando pela reutilização da água na limpeza dos resíduos, até a unidade de reciclagem”, frisou.
Após a aquisição de uma nova extrusora, essa produção de 300 toneladas receberá um aumento de 15%, dando um suporte maior para a empresa atender a crescente demanda. “Essa porcentagem irá aumentar em 45 toneladas a nossa fabricação somente este ano”, observou o gerente comercial.

Tudo começou em 1990
O ano era 1990. Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano, era libertado da prisão depois de 27 anos; o Estatuto da Criança e do Adolescente era criado e ocorria a reunificação da Alemanha. Nos cinemas, grandes lançamentos como a terceira parte de ‘O Poderoso Chefão’ e ‘Ghost: do Outro Lado da Vida’. Mas a nossa história se passa na cidade de Sapiranga, onde três irmãos que administravam um comércio de materiais de construção civil resolveram mudar de ares. Foi assim que a família D’Agostin iniciou no ramo do plástico, em uma pequena sede, com uma mesa de madeira, uma bobina e um arame incandescente, resultando em uma média de 350 sacolas plásticas ao mês. “Hoje, produzimos essa mesma quantidade por minuto em nossa empresa”, finalizou Tobias que, ao lado irmão e engenheiro de produção Vinícius D’Agostin, segue os passos de seus pais à frente da Ninus.
Na foto, Tobias D’agostin.
Por Jorge BoruszewskyFonte: Tobias Dagostin