O ministro da Juventude e Esporte de Angola, Albino da Conceição, conheceu, na semana passada, o primeiro Polo de Hidroponia de Angola, localizado na zona do Kikuxi, em Luanda. A visita enquadra-se nas comemorações do 14 de Abril (dia da Juventude Angolana) e visou massificar os jovens para a prática da agricultura, tendo constatado no local os mecanismos utilizados e as possibilidades de negócio que podem ser explorados nesta área.
Conceição salienta que os jovens devem participar do desenvolvimento do país e a área agrícola constitui umas das prioridades de exploração. “Saio satisfeito desta visita pelo fato deste projeto ser implantado em Angola, pois a primeira vez em que vi uma iniciativa igual foi no Japão”, afirma. “Caso seja bem implementado, é possível satisfazer às necessidades do mercado em hortaliças”, completou. A visita foi acompanhada pelos jovens representantes do Instituto Angolano da Juventude (IAJ) e do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).
O projeto, que exigiu um investimento de 94,5 mil euros, está localizado em Luanda, na zona do Kikuxi, e é uma iniciativa do grupo empresarial Kibabo em parceria com a Hidrobem, um conceito de negócios criado em Portugal e presente em Angola há mais de cinco anos. O Polo de Hidroponia ocupa uma área 2 mil metros quadrados de produção dividida em duas estufas, e conta atualmente com 13 funcionários.
Por meio do sistema NFT são produzidas folhosas, como alface, agrião, cebolinha, coentro, hortelã, salsa e manjericão. E, através do sistema semi-hidropônico, são cultivados tomate, berinjela, pimentão, pepino e fisális. “Todas as semanas colhemos meia tonelada de alface, meia tonelada de ervas aromáticas e uma tonelada de tomate para salada”, comemora a diretora da Hidrobem, Carla Paulino. A distribuição dos produtos é feita por meio de restaurantes, supermercados e hotéis de Luanda.
Com a segunda fase, no fim do segundo semestre deste ano, o número de empregos poderá duplicar, de acordo com a diretora da Hidrobem. A empresa pretende levar o projeto para outros pontos do país e o polo de produção de Luanda está sendo usado como modelo. O retorno do investimento deverá ocorrer em três anos, segundo Carla. Ela adianta ainda que a segunda fase começou em abril, com mais 6 mil metros quadrados de estufas, uma escola de formação e um polo de agroindústria de processamento de quarta gama, onde se pretende oferecer aos clientes produtos frescos higienizados e embalados.



