Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS), o hidroponista Julierme Mädke, de Bagé (RS), está aumentando sua capacidade de produção. O agricultor, que iniciou a produção com 1,5 mil pés de alface por mês, passou a produzir hoje 15 mil pés/mês. “A Emater-RS nos ajudou a construir esta estufa com mais tecnologia. Sob orientação e com o apoio da entidade, elaboramos o projeto e realizamos um financiamento para viabilizarmos a estrutura que temos atualmente”, declara Mädke.
Com o acompanhamento da Emater-RS, o hidroponista também faz um balanço econômico da propriedade por meio de um programa de gestão. São estudados os gargalos, dificuldades e resultados obtidos dentro da estufa. “O Julierme faz parte de um grupo agricultores familiares que nos próximos meses deverá vir a abastecer o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar], que leva merenda às escolas do município”, acrescenta o extensionista da Emater-RS, Francisco Gonçalo.
O ciclo rápido de colheita no cultivo sem solo é destacado pelo produtor. “Na bancada definitiva a alface leva em torno de 20 dias até colhermos e, no dia seguinte, já temos novas mudas nos perfis. Ganhamos tempo e temos menos mão de obra em comparação ao cultivo na terra”, explica Mädke. Segundo o produtor, o objetivo não é abrir concorrência com a alface produzida no solo, que tem um custo de produção menor. Como a alface hidropônica tem valor agregado, é necessário encontrar seu mercado. “Hoje, temos uma boa lucratividade ao fornecermos nossos produtos para grandes redes de supermercados”, afirma. Pelos cálculos do hidroponista, a expectativa de recuperação de seu custo na estrutura da estufa gira dois e três anos. “O investimento é alto, mas conseguimos boa lucratividade também”, finaliza.
Veja abaixo o vídeo da reportagem com o produtor de Bagé realizada no programa “Dia de Campo na TV”, da Embrapa: