Um terreno desocupado no perímetro urbano da cidade e uma ideia ocupando a cabeça de um técnico em agrícola. Essa é a fórmula que resultou na fundação da Ouro Verde Hidroponia, em Araçatuba (SP). Localizado próximo ao Centro da cidade, o empreendimento comercializa hortaliças diretamente ao consumidor.
O técnico agrícola Fabrício Gabas, 38 anos, fundador da Ouro Verde Hidroponia explica que é locatário do espaço onde está a empresa. “Eu tinha esse terreno sem uso à disposição. Como não sou proprietário, precisava realizar alguma atividade lucrativa que não requeresse de um grande investimento ou da implementação de uma estrutura permanente”, relata. Então, surgiu o interesse em produzir alface pelo cultivo convencional.
Pelo fato do local ser acidentado e com muitos entulhos sob a terra, o plano inicial se tornou inviável. “Então, encontrei a solução na Hidroponia. Como o cultivo é feito sem solo e a estrutura não é permanente, atendeu as minhas necessidades”, declara. A economia de água e ergonomia do trabalho são outros fatores que contribuíram para a escolha do produtor. “Eu já não podia mais trabalhar sob o sol. E, como o cultivo é protegido, também consigo ter essa vantagem”, acrescenta.
Com 1,3 mil metros quadrados distribuídos em quatro estufas e capacidade produção de 100 maços de hortaliças/dia, a Ouro Verde Hidroponia cultiva alface (quatro variedades), rúcula, cebolinha, salsinha e agrião. Com um ano e meio de atividade do empreendimento, Gabas revela ainda que pretende aumentar a estrutura em breve.
Internet e aplicativos a serviço do produtor
O produtor salienta que os meios digitais contribuíram muito para sua pesquisa sobre Hidroponia e busca de suporte ao projeto que iria iniciar. “Além da Internet em geral, o próprio WhatsApp é uma ferramenta muito útil para a interação com outros produtores. Por meio do aplicativo obtive respostas rápidas para os problemas que encontrava. Da mesma forma, também ajudei outros produtores”, revela.
Para os produtores interessados em seguir o caminho da Hidroponia, Gabas aconselha a ter um espaço de produção mínimo de 1 mil metros quadrados. “Se o objetivo for ter o cultivo sem solo como principal fonte de renda, não é indicado ter uma estrutura muito pequena. É preciso fazer o cálculo o investimento da estrutura que será implementada e sua respectiva capacidade de retorno”, pondera.