Pesquisa avalia uso de defensivos e controle biológico no controle da traça-do-tomateiro

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Estudo vem sendo conduzido desde 2018 por pesquisadores da Embrapa Hortaliças, de Brasília (DF)

Avaliar a utilização de defensivos e sua compatibilidade com agentes de controle biológico (para-sitoides) contra a traça-do-tomateiro é o principal objetivo dos experimentos que vêm sendo conduzidos desde 2018 na Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), com resultados que têm permitido confirmar a eficácia dos métodos utilizados. “Em função do que tem sido observado até agora, as respostas têm sido bem promissoras”, assinala o pesquisador Alexandre Moura, responsável pelos ensaios.

Pesquisa avalia uso de defensivos e controle biológico no controle da traça-do-tomateiro

Os pesquisadores da Embrapa Hortaliças realizam duas avaliações por semana, visando o moni-toramento das plantas para verificar o nível populacional da praga e, conforme o resultado, decidir se vão aplicar agrotóxico ou não. “Temos dois segmentos dentro da casa de vegetação, um que trabalha somente com o uso de agrotóxico e outro com o inimigo natural da praga, o parasitoide Trichogramma pretiosum, aliado ao uso de pesticidas seletivos, quando necessário, justamente para medir o comportamento da praga em cada uma das situações”, explica Moura.

Essas avaliações têm mostrado que, no segmento da casa de vegetação, onde só há a aplicação do defensivo, a necessidade de controle da praga é maior quando comparado com o segmento que trabalha com a liberação do parasitoide. “Assim, nessas condições, o parasitoide consegue controlar a praga e a quantidade de agroquímicos que precisamos aplicar adicionalmente, para algum controle, é menor comparativamente àquele segmento que só utiliza pesticida”, sublinha o pesquisador.

Custo de produção

Moura observa também que, quando são empregados outros métodos de controle, o custo da produção também é influenciado, e aponta como exemplo o caso de produtores que fazem aplicações semanais, chamado de por calendário – alguns até a cada dois, três dias – para controlar pragas em tomateiro, principalmente.
O pesquisador chama a atenção para a importância do Manejo Integrado de Pragas (MIP), seguido nos experimentos, onde os defensivos só são aplicados quando a população da praga atinge o nível de controle. “Além do custo elevado, o o uso frequente de pesticidas pode atuar na contramão, isto é, influenciando no desenvolvi-mento de resistência da praga aos inseticidas, sem esquecer o problema da contaminação – muitas vezes, o tomate é comercializado poucos dias após a aplicação, então a quantida-de de resíduo é grande”.

BRS Kiara

Os pesquisadores da Embrapa Hortaliças estão utilizando na pesquisa o BRS Kiara, híbrido de tomate para consumo in natura, indicado tanto para cultivo protegido, quanto para campo aberto, é o cultivar utilizada no experimento. Lançado em 2012, o BRS Kiara foi desenvolvido em parceria com a empresa Agrocinco, de Monte Mor (SP), responsável pela comercialização das sementes. O cultivar foi escolhido para o estudo em virtude das suas características: pegamento estável de frutos, mesmo com temperatura elevada e durante o período chuvoso. Apresenta frutos arredondados e fir-mes, com peso de até 200 gramas e com boa aceitação comercial.

Fonte: Pesquisador Alexandre Moura, da Embrapa Hortaliças, de Brasília (DF).

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