FORRAGEM HIDROPÔNICA REDUZ EFEITO ESTUFA, REVELA ESTUDO

FORRAGEM HIDROPÔNICA REDUZ EFEITO ESTUFA, REVELA ESTUDO

De olho nas relações entre agronegócio e meio ambiente, uma recente pesquisa científica, denominada “Forragem hidropônica e emissões de gases de efeito estufa: um caminho potencial para a estratégia de mitigação do clima e o desenvolvimento de políticas”, publicada pela Canadian Science Publishing em FACETS (jornal oficial da Royal Society of Canada’s Academy of Science), aponta alternativas ambientalmente mais saudáveis, demonstrando o potencial da produção de forragem hidropônica para reversão de dados alarmantes.

De acordo com o estudo, a adoção de uma nova lógica produtiva na agricultura forrageira, amparada na Hidroponia, pode contribuir significativamente para a mitigação dos estragos ao motor climático da Terra – senão totalmente causados, certamente agravados por técnicas equivocadas no manejo de determinadas culturas.

Na publicação, são comparadas as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o potencial de sequestro de carbono entre forragem de cevada germinada e cultivada hidroponicamente com relação aos números da forragem produzida em método convencional. Os números não deixam dúvidas: é de no mínimo 7% a diferença do impacto entre os métodos.

O estudo de caso analisou ração fresca para gado cultivada em ambiente controlado usando um Sistema HydroGreen Grow – cujo mecanismo de irrigação automática produz vegetais a partir de sementes em menos de uma semana, 365 dias por ano. Com um simples apertar de botão, o sistema semeia, rega, ilumina, monitora, colhe e executa uma limpeza pós-colheita.

Forragem hidroponica 2

CONTRIBUIIÇÃO PARA MITIGAR O AQUECIMENTO GLOBAL

A pesquisa conclui que tecnologias como a da HydroGreen têm grande potencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cadeia produtiva pecuária. No documento, os cientistas alertam para as pressões iminentes em nossos sistemas alimentares, em função da demanda crescente por consumo de produtos de origem animal. À medida que a população global aumenta, tornam-se mais aparentes os impactos à natureza – que tendem a se agravar, visto a maioria das estimativas sugerir que seremos não menos do que 10 bilhões de humanos em 2050.

Contudo, é possível reverter essa tendência, já que os resultados de estudos como este indicam que a incorporação de sistemas hidropônicos na produção de cevada, por exemplo, podem contribuir de modo decisivo para o equilíbrio dos fatores. Conforme ainda a publicação, a agricultura sem solo fornece maiores oportunidades de sequestro de carbono do que a simples transição para o plantio direto e outros métodos já conhecidos de cultivo na terra.

Isso porque tecnologias como a do exemplo   HydroGreen oferecem   ração confiável e econômica,   com possibilidade de produção   diretamente no   mesmo no local onde são criados os rebanhos.   Dessa  forma, a “pegada ambiental” torna-se   mínima, economizando   92% de água, exigindo   menor área de terra, consumindo menos   energia e   menos mão de obra do que a maioria das técnicas   de   manejo tradicionais.

Vacas se alimentando com forragem de milho hidroponica

QUEM PARTICIPOU DO ESTUDO

A pesquisa científica foi desenvolvida por meio da colaboração de   pesquisadores acadêmicos e especialistas do setor. A lista de   participantes inclui membros do prestigioso Food and Agriculture   Institute da University of Fraser Valley: Dra. Lenore Newman (diretora   e presidente de Pesquisa do Canadá em Segurança Alimentar), Dr.   Robert Newell (diretora associada) e Charmaine White (pesquisadora   associada).

Dentre os líderes industriais que integraram o estudo destacam-se Mathew Dickson, diretor administrativo da Hallbar Consulting, uma empresa de consultoria em sustentabilidade e resíduos; Bill Vanderkooi, presidente e CEO do Nutriva Group, uma empresa de consultoria estratégica para a indústria de laticínios, ovos e carne bovina; e Tim Fernback, diretor financeiro da CubicFarms.

Segundo a Dra. Newman, “com aproximadamente 70% de todas as terras agrícolas sendo usadas para algum aspecto voltado à produção animal, a pecuária bovina e leiteira representa atualmente cerca de 14,5% de todas as emissões de GEE induzidas pelo homem”.

A produção de ração e dejetos animais respondem pelas duas maiores fontes dessas emissões de GEE, equivalendo a 45% e 39%, respectivamente. Logo, de acordo com os estudiosos, encontrar e adotar soluções como o sistema de cultivo hidropônico HydroGreen (que podem reduzir essas emissões gerais de GEE causadas pela pecuária), será fundamental para auxiliar na resolução dos problemas mundiais ligados ao aquecimento global.

Em sua conclusão, a pesquisa estimou que a fazenda de demonstração HydroGreen produziu 7,4% menos emissões de GEE (por massa de nutrientes) do que as encontradas no cultivo convencional de grãos de cevada para forragem. “Estas são descobertas empolgantes e uma luz brilhante no mundo sombrio da mudança climática”, finaliza Newman.

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