FEPAGRO PRODUZ ALFACES EM SISTEMA DE AQUAPONIA

A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em seu Centro de Pesquisa em Terra de Areia (RS), colheu seus primeiros pés de alface produzidos em Aquaponia, um sistema de produção integrada de vegetais e peixes. Este é um experimento-piloto desenvolvido para avaliar a operacionalidade e a viabilidade de um sistema de Aquaponia com peixes nativos do Rio Grande do Sul.

A Aquaponia, que já é realizada comercialmente em diversos países e em alguns Estados do Brasil, tem se expandido muito nos últimos anos, produzindo peixes e camarões de forma integrada aos cultivos de alface, rúcula, agrião, manjericão, tomate, pimentão e pepino, entre outros. No Sul do país, devido às condições climáticas, este tipo de atividade ainda é incipiente. O objetivo do projeto de pesquisa é avaliar o potencial do Estado para investir no setor. “A Aquaponia pode ser desenvolvida tanto comercialmente – aproveitando, por exemplo, estruturas já existentes de Hidroponia ou aquicultura – como em pequena escala, utilizando pequenos espaços urbanos”, explica a coordenadora do projeto,  a pesquisadora Andréa Ferretto da Rocha.

No sistema experimental desenvolvido na Fepagro, foram colocadas bandejas flutuantes com mudas das alfaces lisas e crespas dentro de tanques povoados com jundiás (peixe de couro comum na região). Dentro de cada tanque, foram posicionadas duas pequenas bombas de circulação que, além de movimentar a água, fazem a oxigenação da água e das raízes das hortaliças.

Não há emprego de produtos químicos na Aquaponia, pois a fertilização das hortaliças é feita com a ração dos peixes e o produto da excreção destes animais – gerando um vegetal mais saudável e orgânico, com baixo custo de produção, de acordo com Andréa. “Além disso, como os vegetais se utilizam da água de criação dos peixes para crescerem, absorvendo os nutrientes, há uma reciclagem da água. Ela pode ser reaproveitada, gerando menos efluentes e com menor carga orgânica, reduzindo a necessidade de captação de água”, explica a pesquisadora.

Os primeiros resultados colhidos, embora ainda sejam iniciais, podem ser considerados promissores, conforme a pesquisadora. A experiência agora deve ser estendida a outros vegetais, especialmente hortaliças, e testada com outras espécies de peixes nativos além do jundiá.

Fonte: Assessoria de Imprensa Fepagro (editado)

Fotos: Fepagro

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