ESTUFAS HIDROPÔNICAS NUTREM VERDURAS E AUTOESTIMA NOS ESTADOS UNIDOS

Em Nova Jersey, EUA, um programa de US$ 800 mil, com ambições nacionais, emprega 37 estagiários em três estufas hidropônicas que produzem grande variedade de vegetais e ervas. O projeto, chamado Arthur & Friends, treina trabalhadores deficientes para plantarem produtos sustentáveis e frescos para o mercado de restaurantes e produtores agrícolas. Cerca de 200 pessoas já foram educadas na arte da agricultura sem terra, e muitas outras estão esperando para aprender.

Durante os últimos quatro meses, os rendimentos de cada uma das estufas ficaram em torno de US$ 1.500 por semana, garantiu Wendie Blanchard, fundadora e diretora do programa sem fins lucrativos. O excedente é sempre reinvestido. O programa já pediu financiamento para montar estufas em hospitais para os militares veteranos deficientes e em escolas para treinar alunos com deficiência de desenvolvimento.

Os participantes trabalham de 8 a 20 horas por semana, em um programa de quatro séries de 200 horas, que os treina em agricultura hidropônica e também os ensina a fazer cobrança, pedidos, envios, vendas na internet e a interagir com os clientes. Para Wendie Blanchard, “o trabalhador passa a romper com o estereótipo que tem de si próprio”. Ainda, segundo ela, “à medida que seu senso de independência e de direito aumenta, sua dependência da família e amigos – e de serviços sociais – diminui”.

Apesar de já trazer retornos positivos, o projeto ainda enfrenta grandes desafios, como o alto valor para implementação das estufas, o financiamento federal que ajudou a criar o primeiro modelo estar ameaçado no orçamento do ano que vem e a longa lista de espera por vagas de treinamento e empregos. Vale dizer, também, que o programa teve que passar por uma curva de aprendizado de dois anos para formular o cronograma de treinamento e de plantação, calibrando o equilíbrio ideal para os nutrientes hidropônicos na água.

Entretanto, a Arthur & Friends está, agora, licenciando seu programa por US$ 10 mil por estufa, vendendo a outras organizações o seu conhecimento conquistado com dificuldade. Entre seus novos “clientes” estão a Universidade Rutgers, que pagou pelo aconselhamento no planejamento de uma estufa, e um grupo sem fins lucrativos de Portland, Oregon, que também concordou em fazer o mesmo.

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