Há quase 20 anos o ENSub reúne profissionais da área, estudantes e demais interessados, e propõe a atualização e disponibilidade de novas tecnologias, normativas e a divulgação do conhecimento do cultivo em recipientes. A partir do trabalho pioneiro realizado pela Dra. Atelene Normann Kämpf, Presidente de Honra do XI ENSub, o trabalho com substratos ainda é visto como um desafio. “A Horticultura compreende áreas como a produção de frutas, hortaliças, flores, plantas medicinais, além da formação inicial de mudas florestais e de grandes lavouras, tais como fumo, cana de açúcar e café. Apesar dos grandes avanços, o setor ainda deixa a desejar em tecnologias básicas, especialmente para pequenos produtores“, explica.
“PASSO GIGANTESTO”
Frente às dificuldades iniciais do cultivo fora do solo e suas técnicas, Atelene lembra um dos motivos pelo qual o ENSub foi criado. “Conheci uma empresa que lutava para registrar no Ministério da Agricultura um produto chamado: Substrato. Pois o produto não era conhecido. A criação das Normas oficiais pelo MAPA foi um passo gigantesco!”.
EVENTO TRADICIONAL
Todo o planejamento do evento passa, além da Comissão Organizadora, pelo Comitê Executivo e Científico. O Presidente desta edição, Dr. Claudimar Sidnei Fior, comemora a participação do público ao evento que é visto como tradicional. “As pessoas envolvidas têm o nome do evento como referência. O nome já é tradicional e sempre foi muito bem representado”.
A 11º edição realizada nos dias 25, 26 e 27 de setembro, em Canela (RS) contou com 12 palestras com biólogos, engenheiros agrônomos e pesquisadores acadêmicos de diferentes estados Brasileiros, além de apresentação de pôsteres e excursões técnicas pela região. “Nós queremos aproximar os elos acadêmicos, oficiais e o produtor”, ressalta Kämpf.
Para o consultor Carlos Biondo, da Pindstrup, uma das principais fornecedoras mundiais de substratos, o ENSub possui um equilíbrio positivo entre professores, acadêmicos e iniciativa privada. “O desafio do setor agora é trazer mais produtores de viveiros para participar”, comenta.
CULTIVO FORA DO SOLO
De uma forma mais exigente pela participação humana com a mão de obra maior para área produzida, o retorno do cultivo fora do solo também chega de forma precisa. “Hoje se quer produzir mais rápido e com mais qualidade, com sustentabilidade e cuidados ambientais. O ganho do uso de substrato é cada vez maior”, explica Kämpf.
Para isso, o Dr. Claudimar completa. “A participação de quem traz o conhecimento acadêmico e das empresas que fazem suas próprias pesquisas agregam a todos. E, no ENSub, o produtor, o fabricante e tudo o que envolve o segmento, precisam conversar”. A próxima edição será realizada em 2020.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS DO CULTIVO EM RECIPIENTE – O solo é substituído pelo substrato, na tarefa de servir de suporte físico para os vegetais, com a vantagem de reduzir a incidência de doenças e pragas típicas do solo, além de proporcionar melhorias das condições para formação das plantas e redução do custo com transporte.
Créditos: Bianca Garcia