Pesquisadores da base antártica russa em Vostok planejam cultivar melancias e pepinos este ano.

O clima hostil sempre foi um desafio para o cultivo de plantas e alimentos no extremo sul da Terra. Os primeiros esforços para cultivar plantas na Antártida se concentraram sobretudo em fornecer alimento aos exploradores. Em 1902, o médico e botânico britânico Reginald Koettlitz foi a primeira pessoa a cultivar alimentos em solo antártico. Ele recolheu um pouco de solo do estreito de McMurdo e o usou para cultivar mostarda e agrião em caixas, sob uma claraboia, a bordo do navio da expedição.
Agora, 121 anos depois, o diretor do Instituto de Estudos Árticos e Antárticos (AARI) Aleksander Makarov, adiantou que cientistas russos estão cultivando 58 espécies de plantas em solos criados artificialmente na estação, mas pela primeira vez vão empreender a plantação de melancias e pepinos. Makarov especificou que o estudo de solos artificiais é realizado em conjunto com os Institutos de Estudos Agrofísicos e o Instituto de Problemas
Médicos e Biológicos. O pesquisador garantiu que os cientistas russos do centro fitotécnico da base de Vostok alcançaram taxas de rendimento bastante altas, o dobro da média das estufas modernas com Hidroponia, iluminação artificial e microclima controlado. Fundada em 1957, a base de Vostok é uma das sete instalações antárticas que a Rússia opera atualmente, e é a única localizada no interior do continente, a mais de mil quilômetros da costa.