ESCOLA DE HIDROPONIA DE CABO VERDE VAI POTENCIALIZAR PRODUÇÃO SEM SOLO NO PAÍS

A Escola de Hidroponia de Cabo Verde, inaugurada na Cidade da Praia, constitui mais uma porta aberta para a “economia verde” em curso no arquipélago, disse o primeiro-ministro cabo-verdiano.

José Maria Neves lembrou que a criação da escola vem ao encontro da agenda de transformação do país e irá permitir, em conjunto com outras medidas, aumentar a produção agrícola, reduzir a pobreza e retomar uma indústria de transformação agro alimentar no país.

A escola, com cinco pavilhões, salas de aula e uma vasta zona de cultivo, vai permitir também criar sementes, “exportando-as” para outras ilhas, promover a investigação e introduzir maior variedade de produtos agrícolas, como a cereja e a acerola, por exemplo, nunca cultivadas no arquipélago.

Financiada pela Agência Espanhola para a Cooperação e Desenvolvimento em 815 mil euros, a instituição vem cruzar-se com os programas de mobilização de água, com a construção de 17 barragens em várias ilhas, dezenas de reservatórios, diques e perfurações que deverão estar concluídas até 2017.

Segundo a ministra do Desenvolvimento Rural cabo-verdiana, Eva Ortet, apenas 10% do território cabo-verdiano dispõe de terra arável, mas, com os projetos em curso, o país poderá desenvolver toda uma “economia verde” em torno da agricultura, pecuária, agronegócio e indústrias de transformação de produtos agrícolas.

Ainda salientaram os dois governantes cabo-verdianos, os projetos de energias renováveis também em curso ou já em funcionamento vão permitir baixar significativamente os custos de bombagem de água, como o que vai acontecer com a inauguração, em breve, com o parque eólico na ilha do Fogo.

A diversificação dos produtos agrícolas lembrou o chefe do executivo cabo-verdiano, já permite abastecer as diferentes unidades hoteleiras do país, uma vez que o projeto prevê também estender às restantes oito ilhas do país mais centros hidropônicos, de forma a garantir a segurança alimentar.

Segundo Eva Ortet, em construção estão 100 estufas e 60 unidades hidropônicas em várias ilhas – Santiago, Boavista, Sal, São Nicolau, São Vicente e Santo Antão, permitindo que, até 2015, se interliguem com as nove barragens a edificar ate lá.

Mesmo antes de abrir oficialmente, a escola já formou 17 educadores, que irão agora apoiar os agricultores no ensino das novas técnicas de produção agrícola, salientou a ministra cabo-verdiana.

A gestão será assegurada pelo Ministério do Desenvolvimento Rural, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e com a própria cooperação espanhola, cujo embaixador em Cabo Verde, José Miguel La Fuente, garantiu a continuação do apoio da agência de cooperação de Espanha.

La Fuente, aliás, lembrou que a Espanha tem sido um dos principais parceiros de Cabo Verde, lembrando que, entre 2007 e 2011, Madrid já disponibilizou 77 milhões de euros para várias ações e projetos em diversos domínios e outros 20 milhões em ajuda orçamental.

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